Pode não parecer, mas “para” é uma palavra muito poderosa. Análises de buscas feitas no Google mostram como essa preposição é fundamental para marcar um aspecto identitário de quem a usa: não basta buscar um shampoo ou um aplicativo de relacionamento, tem que ser um shampoo para cabelos crespos ou um app de paquera para pessoas com mais de 50 anos.
Esse é o poder do “para”: deixar claro como autoidentificações cada vez mais complexas demandam das marcas um olhar mais abrangente e cuidadoso na hora de discutir e abordar Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).
Uma abrangente pesquisa do Google analisou como o “para” altera as buscas das pessoas. Tanto em um sentido literal, em quais contextos elas usam a palavra em pesquisas na internet, quanto figurado, de que forma elas querem ser entendidas e se ver representadas.
E como as marcas podem contribuir com esse processo? Apenas 21% da população sente-se representada em anúncios publicitários, por exemplo.1 Para completar, um levantamento com o público LGBTQIAP+ brasileiro mostrou que 21% dos participantes não encontram produtos direcionados para eles nos mercados e 27% acreditam que as empresas não oferecem produtos para todos os tipos de pessoas.2