2020 foi um ano de desafios e transformações significativas no varejo. Em 2021, estamos vendo essas mudanças se consolidarem. O setor obteve resultados expressivos, mesmo em um cenário de tantas incertezas, e acelerou processos já em andamento, como: novas formas de pagamento, sistema de compras online, retiradas em loja e entregas expressas. Tudo com ajuda do ambiente digital, que serviu de mola propulsora para novas tendências nesse último ano:
Cada vez mais as pessoas têm buscado bens de consumo na internet. O que de início surgiu como sinônimo de rupturas nas vendas, agora identificamos como novas oportunidades para as agências.
Novas oportunidades de commerce para as agências
É nessa conjuntura que agências e parceiros ganham um lugar de destaque, sendo responsáveis por trazer soluções para seus clientes, seja para o ambiente físico, seja para o digital, em canais próprios ou de terceiros.
Com essas novas demandas, vimos surgir a necessidade de as agências desenvolverem o que chamamos de commerce capabilities, ou seja: a habilidade de compreender as possibilidades que o canal digital tem para capturar a intenção de compra e convertê-la em uma transação em qualquer canal que seja.
O primeiro passo para isso é ter um entendimento claro das urgências dos seus clientes, sejam eles de indústria, sejam de varejo, e trabalhar a parte de fundação, tendo um conhecimento profundo de todos os produtos e soluções que o digital possa oferecer para impulsionar vendas: infraestrutura (velocidade de carregamento do site mobile & UX, feed de produtos), ads & assets, audiências, automação e atribuição.
Em um segundo momento, desenvolver uma estratégia que garanta o engajamento do consumidor ao longo do funil, dada a jornada não-linear de compra. A automação e o uso de dados são essenciais para uma atuação de sucesso, assim como a ativação de criativos customizados em grande escala, engajando os consumidores com mensagens relevantes a cada momento da jornada.
As soluções do Google trazem grandes resultados para os varejistas que atendemos e vão além da mídia. Alguns exemplos de soluções que trouxeram grande impacto foram criativos em escala, mensuração e análises avançadas.
– Adriano Nadalin, CEO da i-Cherry
Além disso, é importante trabalhar a diferenciação com criatividade e aplicando tecnologia para gerar mais eficiência e eficácia nas operações. Até mesmo utilizar novos formatos, como projetos de Live Commerce, combinando entretenimento, ofertas relevantes e um bom trabalho com Creators para alavancar resultados de negócios de forma inusitada.
Um exemplo dessa atuação está na campanha do Carrefour, que rompeu a dinâmica do varejo alimentar de anunciar tradicionalmente na TV. Ao migrar a operação para o ambiente digital, trabalhando ofertas no YouTube, a marca manteve a sua audiência e diminuiu os custos com a produção. Vale lembrar que a audiência da plataforma, com mais de 105 milhões de espectadores por mês1, foi um fator determinante para o sucesso da campanha de folheto digital.
O crescimento de uma marca está associado a muitos fatores, sendo um deles a parceria com uma agência que entregue inteligência e criatividade. Para Felipe Morales, Diretor de Criação do Google, no que diz respeito à criação é preciso ter três pontos em mente: “1. Easy to love: criar experiências de marca para realmente fazer parte da conversa com as pessoas; 2. Easy to buy: tornar cada contato do digital em um ponto de venda com a melhor oferta para você, transformando intenção em transação com menos fricção; e 3. Easy to iterate: através de testes de diferentes abordagens criativas conseguimos entender o que funciona melhor e gerar conhecimento”.
Três coisas em mente na criação: criar experiências de marca, tornar contato digital em ponto de venda e entender o que funciona melhor por meio de testes.
— Felipe Morales, Diretor de Criação do Google
Relacionamentos mais fortes
Todo esse conjunto de ofertas de serviços avançados pode ajudar as agências a construir relacionamentos mais fortes e duradouros, antecipando oportunidades e tendências de mercado, e impulsionar o engajamento com esses clientes através de uma nova reputação construída. Não à toa, 82% dos tomadores de decisão afirmam a necessidade de suas agências serem parceiros estratégicos.2
Para clientes de indústria ou varejo, essa curva de crescimento tem como aliado o commerce — uma das prioridades da nossa agenda de transformação da agência.
– Filipe Bartholomeu, CEO da Almap BBDO
Com base nesses insights, é possível mapear algumas oportunidades de Commerce que estão mais próximas do dia a dia das agências. Como? Apostando em três frentes:
Creative Commerce: do storytelling ao uso inteligente de dados para chegar à melhor eficiência criativa com assets capazes de ampliar os resultados de negócio. Sabemos do papel do vídeo para influenciar a consideração das marcas, mas aqui vamos além, pensando na produção de todos os assets necessários para impulsionar uma transação por meio do digital, no qual automação e personalização em escala ganham também um forte protagonismo, agregando eficiência na operação e redução no tempo de produção.
Digital Trade: indústria e varejo trabalhando de forma integrada dentro do ambiente digital, promovendo controle, mensuração e inteligência de dados. Soluções de Coop, folheteria digital, campanhas O2O e o merchand online são exemplos de como trabalhar a digitalização de ofertas garantindo relevância, exposição e competitividade.
Dados e Mensuração: com jornadas mais complexas e foco em privacidade do usuário, o suporte das agências aos seus clientes exigirão estratégias robustas de dados first party para extrair os melhores insights dos consumidores e concluir transações para ambos os canais online e offline.
Com as aceleradas transformações digitais, a capacitação em tecnologia e automação, inovação e visão criativa viraram fatores-chave na seleção de parceiros para oferecer suporte aos projetos de Commerce.